domingo, 24 de maio de 2009

Onde há um ponto, há um caminho...

Descobri O Ponto, de Peter H.Reynolds, no blog Letra Pequena, do jornal português O Público, e corri para ver se este livro tinha sido editado em terras brasileiras. Felizmente sim. Nossa edição é da Martins Fontes e, por isso mesmo, é mais fácil encontrá-la na livraria da editora, na Avenida Rio Branco. O autor é ilustrador de vários livros, inclusive da série Judy Moody, no Brasil, pela Salamandra. Mas voltando a O Ponto, assim que tive o livro nas mãos, confirmei a opinião de Rita Pimenta, do Letra Pequena. A história é mesmo muito legal. Vashti, na edição portuguesa Vera, nome bem mais fácil para nossas crianças, é uma menininha que não sabe desenhar e, por isso, se recusa a fazer o trabalho da aula de artes. A professa, certa de que todos têm uma marca para deixar, a desafia a fazer um ponto e a assinar sua obra. Como diz a apresentação do livro, "onde há um ponto, há um caminho..." E Vashti acha seu caminho. A angústia de Vashti me lembrou a de meu filho Pedro, que, como eu, é um péssimo desenhista. Os deveres de casa que pedem desenhos são para ele um suplício. Uma tentativa e um lápis zunindo. Outra e o papel todo rabiscado. Mais outra e resmungos aos gritos. Enfim, um sofrimento que só acabou no dia em que achei um estêncil para ele fazer seu primeiro dinossauro. Satisfeito, ele passou o lápis sobre o dino, coloriu e foi mais feliz para escola. Mas eu queria que, ele, como Vashti, entendesse que para deixarmos nossa marca na vida não precisamos ser bons, mas apenas sabermos do que somos capazes.

2 comentários:

Amanda Nogueira. disse...

esse livro é o máximo Lú!
Já conhecia aí e agora também vi pelos blogs afora que saiu por aqui! Realmente, Vera é muito mais fácil. Não fale que o Pedro não desenha bem! Eu só descobri que gostava de desenhas no segundo grau! E sabe de uma coisa: at´hoje eu não gosto de lápis de cor! E era uma coisa que todas as crianças tinham que gostar! Não gosto do jeito que ele arranha o papel! Agora pergunta se quando eu era pequena as pessoas me ofereciam outras possibilidades: claro que não! Foram muito raras as vezes das tintas e outros materiais e por isso lembro disso, por ser tão raro!
beijinho

Tino Freitas disse...

Este livro é um primor em sensibilidade. Nós (crianças e "adultos" dos Roedores de Livros) gostamos muito. Hatuna Matata.